O Jogo do Exterminador - Ender's Saga - Orson Scott Card - Fithos Lusec
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O Jogo do Exterminador - Ender's Saga - Orson Scott Card

Written By Fithoslusec on 31 de dez. de 2013 | 17:42:00


Ender’s Game é uma série de livros muito famosa nos EUA, escrita por Orson Scott Card, um autor de Sci-Fi, Ele foi o colaborador  em outras mídias, novelizando o filme “O Segredo do Abismo”, escrevendo diálogos para jogos como The Secret of Monkey Island e The Dig, além de ter escrito Homem De Ferro Ultimate.


O Jogo do Exterminador - Ender's Saga - retrata um futuro onde a Terra  já sofreu dois grandes ataques de uma raça alienígena, conhecida como Formics, que quase devastou a raça humana. Os Formics lembram formigas, tanto em aparência quanto em comportamento, e sua colônia parece interessada em colonizar a Terra. Preocupados com a possível extinção no caso de uma terceira guerra, os militares resolvem iniciar um programa para encontrar e treinar as crianças mais inteligentes, procurando criar um exército de super soldados para comandar as tropas através de uma educação espartana. O livro nos mostra crianças e jovens como elementos centrais de um contexto de violência extrema, física, psicológica e vão descrevendo por quais percalços eles passam e como resolvem, ou não, seus problemas. 
Situado na Terra no futuro (2164 até 2170), o romance apresenta uma humanidade em perigo que mal sobreviveu a dois conflitos com os Formics (um exótica espécie de insetóides). Estes alienígenas mostram um comportamento de grupo parecido com o das formigas, e são muito protetores de seu líder, bem como as formigas da Terra protegendo a sua rainha. Em preparação para uma eventual terceira invasão, a Esquadra Internacional mantém uma escola para encontrar e treinar comandantes de futuras esquadras. As crianças mais talentosas do mundo, incluindo o protagonista do romance, Ender Wiggin, são tomadas em uma idade muito jovem para um centro de treinamento conhecido como a Escola de Combate. Lá, os professores vão treiná-los nas artes da guerra através de jogos cada vez mais difíceis, incluindo aqueles realizados em gravidade zero na Sala de Combate onde o gênio tático de Ender é revelado.
A premissa do livro é bem conhecida dos fãs de ficção científica, uma raça alienígena tenta invadir a Terra e os humanos montam uma linha de combate para enfrentá-la. Mas esse não é o ponto chave do livro. O autor brinca com o psicológico dos leitores enquanto apresenta seus personagens e os desenvolve através do livro. Logo nas primeiras páginas o leitor é apresentado a dois Ender’s diferentes, um é o garoto de seis anos, terceiro filho em sua família, amado pela irmã e aparentemente odiado pelo irmão e o outro é um brutal combatente que usa toda sua raiva para sair de uma situação adversa.
O protagonista, Andrew “Ender” Wiggins é o terceiro filho de sua família e o mais talentoso de todos. Seu irmão mais velho, Peter, era uma promessa para o exército, mas se mostrou cruel e violento demais para ser colocado no comando. Eles então pediram aos pais uma segunda criança e assim nasceu Valentine, uma menina doce e gentil, que infelizmente se mostrou dócil demais. Numa última tentativa nasceu Ender, que desde cedo se mostrou promissor, equilibrado o bastante para preencher as necessidades do exército. Aos 6 anos, ele começa seu treinamento militar na Escolha de Batalha, uma academia no espaço, onde todos os dias seus professores o colocam no limite da capacidade humana para torna-lo a melhor arma contra os Formics.
As crianças são superdotadas e são monitoradas desde bem novas pelo governo em busca de habilidades que possam levá-las a treinamentos especiais de combate aos Formics. Peter e Val foram rejeitados – o primeiro por sua crueldade e a segunda pela grande capacidade de empatia. Restou Ender, que vai para a escola de combate e se junta a outras crianças brilhantes, e essa vida nova vai mexer muito na sua relação com a família, sobretudo com os irmãos mais velhos.
Então, esta é a situação de Ender Wiggin: o planeta vive uma época de preparação para uma nova invasão dos Formics, a raça alienígena devastadora que foi enfrentada pelos terráqueos outras duas vezes. Acordos militares regulam as relações turbulentas entre os países, que também vivem a um passo de se baterem novamente. A adoção de religião é desencorajada pelas autoridades, manifestações coletivas e pessoais de fé não são bem-vindas e as famílias não têm permissão para ter mais do que dois filhos. A não ser a família Wiggin, que teve Peter, Valentine e, mediante autorização, o caçula Ender, que é chamado pejorativamente de “O Terceiro”.
É interessante como a história se desenvolve frente  a trajetória de Ender dentro da escola, sua evolução, as relações que constrói com os outros jovens alunos e com os instrutores, as descrições dos treinamentos em gravidade zero, as batalhas entre os exércitos de alunos, a estratégia; a pressão sobre o menino, que cresce com o peso de ser uma promessa de salvação do planeta (que com certeza você já deve ter visto isso em diversos livros ou filmes), o líder que todos esperaram e prepararam, tudo isso aliado ao isolamento, à insegurança e à sensação terrível de ser observado e monitorado o tempo todo, sem folga. Além dos jogos mentais, dos conceitos sobre a guerra interplanetária e extinção da raça humana, temos ainda descrições sensacionais de ação como as batalhas em gravidade zero, jogos em realidade virtual, e todo tipo de treinamento futurista para tornar Ender um grande soldado.
No futuro criado por Orson Scott Card, muitos dos combates são travados em outros sistemas solares, distantes do nosso. Como não existe uma tecnologia de voo mais rápido que a luz, nessa ficção científica, os muito jovens são recrutados porque eles estarão maduros quando estiveram em batalha ou quando retornarem à Terra. Usar crianças-soldados como personagens também foi um modo do autor afirmar que toda guerra é um processo de destruição da inocência. 
Mesmo o fato de ser colocado o peso da sobrevivência da espécie humana na Terra nas costas de um menino de seis anos de idade que sofre por isso é uma coisa significativa: ele brinca com a associação constante entre a infância, a pureza, a inocência e o futuro, faz com que a gente se pergunte sobre quando e em quais circunstâncias um ser humano pode se tornar cruel, e a que isso pode servir. Ender (assim como Katniss, de Jogos vorazes) somos todos nós, nos equilibrando sob o peso das responsabilidades e das escolhas morais que encontramos pela vida.
Os irmãos de Ender são tão geniais quanto ele, mas não possuem o perfil psicológico adequado, o que provavelmente é uma alegoria quanto a destino ou sorte. Para caracterizar isso, eles recebem papeis importantíssimos na Terra, como uma dupla de conspiradores planejando manipular os rumos políticos dos governos. Até chegam a interromper a história do Ender para evoluir a trama deles, mas, no entanto, não vão a lugar algum e não fazem nada de relevante. Acabam assumindo o controle do mundo, de um jeito meio obscuro, mal explicado. Dão tanto destaque para eles, mas parece um desperdício.
Ender’s Game nos mostra o dia-a-dia de uma criança predestinada, que é enviada a uma escola especial, onde precisa enfrentar vários testes e tentar fazer amigos enquanto se prepara para uma grande batalha. As crianças são manipuladas, “quebradas”,  por seus professores e “remontadas” como pequenos assassinos. A maneira como Ender é testado todos os dias, tanto física quanto mentalmente, sendo provocado pelos professores, pelas outras crianças, sempre a um passo de quebrar, mantém a história tensa o tempo todo. Ender encontra na Escola de Batalha aceitação, rejeição, isolamento e violência; ao invés de proteção. Há desafios que podem matá-lo, cortesia de seus professores; ao invés de descobrir um mundo fantástico, ele precisa encarar seu lado sombrio e notar que a cada dia perde sua humanidade, pouco a pouco. Ele é alvo ainda da inveja de seus colegas, sendo ameaçado, agredido, isolado, tudo sob a supervisão dos militares, ávidos por descobrir qual prova irá finalmente “quebrar” Ender. Os comandantes do exército colocam todas as suas esperanças no treinamento militar de crianças como Ender, e é esse garoto que mantem viva a esperança de vitória por parte desses comandantes.
 Ender é levado para uma base de treinamento, confinado juntamente com outros garotos de sua idade. Os treinamentos são diversos, desde gravidade zero até a falta completa de visão do adversário. Formados em equipes os garotos treinam para um dia defenderem a Terra dos  Formics.  Durante todo o livro as estratégias e jogadas psicológicas são colocadas frente ao leitor e a espera pelo final  é cada vez mais aguardada.
Por tratar crianças como cobaias num experimento tão violento,  o livro de Scott Card é alvo de polêmicas e debates até hoje. Apesar do protagonista ter apenas 6 anos, ele não age nem é tratado como tal. Ele é um pequeno gênio cercado de outros pequenos gênios, crianças com fortes tendências psicopatas, prontos para mentir e matar para chegar no topo. O jogo do título é esse eterno xadrez entre os exércitos que é alimentado pelos professores; eles dividem todos em times e provocam conflitos constantes, afim de endurecer seus pequenos soldados, de torna-los ainda melhores. E tornar Ender o melhor de todos é o maior objetivo, pois seu professores enxergam nele a única esperança contra os Formics.
É  de encher os olhos a concepção tecnológica do autor, que publica O jogo do exterminador no meio dos anos 1980, antecipa o que hoje são atividades tão comuns do dia-a-dia das pessoas com quem convivemos: a comunicação por meio de “pranchetas” (que hoje temos tablets, smartphones, notebook, netbook e por aí vai), que podem enviar e transmitir mensagens, que permitem o compartilhamento de arquivos, a interatividade de jogos de computador em primeira pessoa, a troca de ideias por meio de fóruns mundiais online ( redes sociais) em que é possível inclusive criar e manipular identidades.
Mas você que neste momento possa estar lendo isto há de se dizer com esperteza que: já já havia experiências de transmissão de dados desde os anos 60, já se pensava em redes e etc e tal… E eu respondo que em 2000 me foi impossível pensar na sensacional imagem da prancheta sem fio transmitindo e recebendo mensagenzinhas oficiais e pessoais de alunos instrutores sem pensar em todos os gadgets que estão por aí deixando a gente de cabelo em pé e bolso vazio; que não teve como não considerar a dinâmica das comunicações, tal como Card a descreve, muito, muito, muito semelhante àquela com a qual lidamos diariamente. E tudo isso saiu de algum lugar. Pense por segundo nas obras de SCI-FI O Teflon só era possível em algumas histórias de ficção cientifica. Hoje temos teflon até em grigideiras e cuecas.
Ender’s Game, ou o Jogo do Exterminador no Brasil, é um clássico moderno da ficção científica. Apesar disso, boa parte de seu aspecto sci-fi aparece apenas no treinamento das crianças e na presença de alienígenas. O miolo da história é sobre a desfiguração emocional que a guerra é capaz de causar em qualquer pessoa, e em como isso pode ser explorado por pessoas inescrupulosas,não estou afirmando aqui, que os militares no livro são vilões típicos, apenas que eles precisam de um elevado grau de sociopatia para ir adiante com algumas das decisões que tomam. A grande pergunta do livro é se os sacrifícios exigidos dos personagens vale a pena, se a vitória justifica os meios.
Paralelo a série Ender’s Game, Scott Card lançou Ender’s Shadow, série que não teve nenhum livro publicado no Brasil. Em Shadow acompanhamos a saga de um personagem secundário de Game, Bean, um garoto criado nas ruas violentas de Rotterdam e como isso afeta seu comportamente. Bean chama a atenção dos militares por ser extremamente inteligente apesar da pouca idade, e logo é recutado para a academia, junto com Ender. A relação de Ender e Bean se torna complexa ao longo dos livros, enquanto ambos sobrevivem ao eterno jogo dos professores em busca do soldado perfeito.
O livro originou-se como o conto "Ender's Game", publicado em 1977 na edição de agosto de ficção científica Analog Science Fiction and Fact. 
O romance de ficção científica O Jogo do Exterminador foi originalmente lançado nos Estados Unidos em 1985. Ele é uma expansão da noveleta O Jogo do Exterminador, que foi a grande responsável pelo fato de seu autor, Orson Scott Card, ter recebido o Prêmio John W. Campbell, Jr. de melhor escritor estreante, em 1978. A versão romance recebeu os prêmios Hugo 1986 e Nebula 1985 - os dois principais prêmios da ficção científica em língua inglesa. O livro também está na lista de clássicos de John Clute, considerado um dos principais críticos de ficção científica. O Jogo do Exterminador foi publicado no Brasil em 1990, com esse mesmo título, pela Editora Aleph, quando recebeu o Prêmio Nova de Ficção Científica, conferido pela comunidade brasileira de FC.
A recepção ao livro foi globalmente positiva, embora alguns críticos denunciarem a justificação que Card dá à violência de seus personagens. Tornou-se também leitura sugerida de muitas organizações militares, incluindo a Marinha dos Estados Unidos. O Jogo do exterminador ganhou o Prêmio Nebula em 1985, de melhor romance e em 1986 o Prêmio Hugo de melhor romance. Suas sequencias, Orador dos Mortos, Xenocídio, Os Filhos da Mente, e Ender in Exile , seguem as viagens subsequentes de Ender para muitos mundos diferentes na galáxia. Além disso, mais tarde as novela, A War of Gifts e Ender's Shadow se passam durante o mesmo período de tempo do original. Ender's Game já foi adaptado em duas séries de quadrinhos. A série foi publicada no Brasil pela Editora Devir.
O Jogo do Exterminador já é utilizado em treinamentos de exércitos e também em escolas e universidades. Orson Scott Card conseguiu criar uma obra fantástica que com certeza influenciará muitas gerações ainda.
A saga de Ender já possui diversas continuações como O Orador dos Mortos, Xenocídio e Os Filhos da Mente e outras séries paralelas ainda não traduzidas para o português.
Infelizmente, apenas os três primeiros livros foram lançados no Brasil, sendo batizados de O Jogo do Extermindor, Orador dos Mortos e Xenocídio. Children of the Mind,  A War of Gifts: An Ender Story e Ender in Exile seguem sem previsão de lançamento por aqui.
O livro é parte de uma série, mas sinceramente acho difícil que outras obras do chamado “Enderverso” sejam tão precisas, envolventes e tão consistentes quanto O jogo do exterminador.

Sobre o Autor 
Card nasceu no Estado de Washington, Estados Unidos, e cresceu na Califórnia, Arizona, e Utah. Serviu como missionário da Igreja dos Santos dos Últimos Dias no Brasil no início da década de 1970. Parte da sua experiência no Brasil aparece no romance Orador dos Mortos, a seqüência de O Jogo do Exterminador. Card também dá aulas e oficinas, e dirige peças de teatro. Atualmente ocupa a posição de professor de escrita e de literatura na Southern Virginia University. 
É autor das séries Homecoming e Tales of Alvin Maker, todas best-sellers, assim como os seus romances de fantasia contemporânea Magic Street, Enchantmente o polêmico Lost Boys A Primeira Saga de Ender é composta de O Jogo do Exterminador, Orador dos Mortos, Xenocida e Os Filhos da Mente (esses dois últimos publicados pela Devir), iniciada em 1985. Mais recentemente, Card retomou a saga com uma série paralela: Ender's Shadow, Shadow of the Hegemon, Shadow Puppets e Shadow of Giant – todos best-sellers nacionais nos EUA e em vários países de língua inglesa. 
Um volume de contos narrando como Ender conheceu alguns dos principais coadjuvantes da saga, First Meetings in Ender1s Universe, também deverá publicado pela Devir. Orson Scott Card vive em Greensboro, Carolina do Norte, com sua esposa, Kristine Allen Card, e a filha caçula do casal, Zina Margaret. Curiosidade Orson morou no Brasil por dois anos quando era missionário 

A Série:

 Ender Wiggin
1. Ender's Game (1985)
2. Speaker for the Dead (1986)
3. Xenocide (1991)
4. Children of the Mind (1996)
5. A War of Gifts (2007)
6. Ender in Exile (2008)

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Atenção. Não estão os livros completos da série descrita acina
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