Kansas City, 2044. Viagens no tempo são uma realidade, mas estão apenas disponíveis no mercado negro. Seu principal cliente é a máfia, que costuma enviar ao passado pessoas que deseja que sejam eliminadas, já que é bastante complicado se livrar dos corpos no futuro.
Os responsáveis por estes assassinatos são os loopers, organização a qual Joe (Joseph Gordon-Levitt) faz parte. Um dia, ao realizar mais um serviço corriqueiro, ele descobre que seu alvo é a versão mais velha de si mesmo (Bruce Willis), trazida em viagem no tempo por ter se tornado uma séria ameaça à máfia no futuro.
Viajar no tempo é um tema que atiça a imaginação de leitores de livros de ficção científica e de cinéfilos que querem ver encontros com dinossauros ou testemunhar os avanços da ciência no futuro.
O diretor Rian Johnson retoma o tema numa coprodução com a China em "Looper: Assassino do futuro", ficando mais próximo da ideia de Bradbury de que alterar o passado pode ter um efeito sem volta sobre o futuro. Para o bem e para o mal.
É isso que Joe (Joseph Gordon-Levitt, de "Batman - O cavaleiro das trevas ressurge"), membro de um grupo de exterminadores pagos para matar vítimas enviadas do futuro, vai descobrir sozinho, quando ficar cara a cara consigo próprio 30 anos mais velho, despachado do ano de 2072, e ter de apertar o gatilho.
Em 2072, já foi dominada a técnica que permite viagens no tempo, mas elas são proibidas. Mesmo assim, um homem misterioso, que comanda um grupo de matadores, utiliza-se da tecnologia para eliminar seus desafetos sem deixar vestígios.
As vítimas são enviadas para o passado, em 2042, onde são eliminadas por loopers, uma espécie de milicianos recompensados com barras de prata pelas encomendas que executam. Joe vem guardando suas barras de prata para realizar seu sonho de viver na França.
As missões são cumpridas num piscar de olhos, assim que os condenados, amarrados e vendados, se materializam na sua frente. É um trabalho rápido, autorizado, e que não deixa sequelas nesses novos carrascos, todos jovens e hedonistas. Joe possui um carro conversível, seu amigo Seth (Paul Dano), uma moto voadora. Frequentam baladas e aumentam a adrenalina com gotas de um colírio alucinógeno.
Um dia, no horário agendado para mais uma execução, a futura vítima demora mais que o previsto para se materializar. Quando isso ocorre, o homem (Bruce Willis) está sem vendas e desamarrado. O inusitado da situação faz com que Joe vacile e permita a reação e fuga do prisioneiro.
O fugitivo é ele próprio, 30 anos mais velho, agora solto no passado e com planos de não se entregar. O roteiro bem-construído pelo próprio diretor, sem pontas soltas, é a garantia de um thriller eletrizante em que, aos poucos, vão ser conhecidas informações importantes sobre o futuro de Joe e os motivos que o levaram a fugir.
Novos personagens surgem e a vida de cada um deles pode ser alterada dependendo da ação do Joe do passado ou do Joe do futuro.
É lançada também alguma luz sobre o que ocorre no futuro e como surgiu esse método brutal de acerto de contas.
Conhecer a identidade de Bruce Willis não atrapalha em nada o sucesso da trama e não tira do espectador o prazer da descoberta.
O que interessa são os motivos de sua fuga e porque ele precisa da ajuda de sua versão mais jovem para executar um plano que mudará o futuro não só dele, mas de outras pessoas que também estão marcadas para morrer.
Looper – Assassinos do Futuro
8 X 3 = 32 |
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